sábado, 10 de julho de 2010

Que espécie


















Que espécie de criatura
É capaz de em sã consciência
Se voltar contra aquela que o amou?

Que espécie de átomos
Compõem um ser que procura a destruição
Daquela que o gerou?

És tu aquele que não respeita
As madeixas alvas,
Que a contingência dos dias de tua mãe
Não dais honra.

Tu maquinas o mal,
Espreitando cada passo daquela que o gerou;
Na expectativa de que ela dê um passo em falso
Para que tu possas aniquilá-la.

Não percebes que é nela
Que tu há de reclinar tua cabeça
No tempo de dor e seca?

Não percebes
Que mesmo diante de tua frieza
Ela têm te amado
E há de ti amar pelo resto de teus dias?

O que te fez desviar
Do caminho da virtude;
Corrompendo teu coração
Com tanto desafeto e rancor?

A que mal foi sucumbida tua alma
Para que tu te tornastes este monstro?

Que espécie de criatura
É capaz de em sã consciência
Se voltar contra aquela que o amou?

Como és capaz de em sã consciência
Se voltar contra aquela que te amou
E que há de ti amar pelo resto de teus dias?

Rafaella Silveira Sucupira da Costa.





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