terça-feira, 27 de julho de 2010

A Aurora do amor



















Não deixes que teu amor viva
Enclausurado em profundas trevas
Decaíndo como o crepúsculo de um lindo dia

Mas o liberte para que possas iluminar
Os passos daqueles que se encontram perdidos
Sendo a aurora do amor à raiar em cada olhar.

Rafaella Silveira Sucupira da Costa.

Não tem título
























Um dia li um livro
O qual não tinha título
Amei aquele livro
O qual não tinha título.

Mas, como poderia ser um livro
Se nem possui título?
Apenas sei que amei o livro
Mesmo não havendo título.

O livro sem título
Sem dúvida foi o mais querido
Mesmo não havendo título.

Hoje, o guardo como querido
O livro lido
Aquele que não possui título.

Rafaella Silveira Sucupira da Costa.

Confiança

















Diante dos obstáculos da vida
Há sempre uma lição à aprender...
E vemos o quanto pequenos somos
Quando nos deparamos
Com situações que não podemos resolver.

Nossos alicerces parecem desmoronar
Quando as lágrimas insistem em rolar
Fazendo perceber
A tristeza a cada olhar
Em plena "sombra" do luar.

Mas, a escuridão irá passar
Quando aprendermos a confiar,
E além dos problemas olhar.

Pois na adversidade
Há muito a ganhar
Basta apenas confiar
E a tempestade logo cessará.

Rafaella Silveira Sucupira da Costa.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mudo mundo

Neste mundo débil
De desafeto
E falsos amores
Prospera a infertilidade do amor
Rompendo a corrente de nossa unidade.

Jaz a esperança
Onde permeia a iniquidade
Aniquilando a harmonia
Que vigora o transcendente cosmos.

Tal planeta
Carece de bravos guerreiros
Que possam marchar
Com honradez e perseverança.

No leito planetário
Surge a geração vigorosa
Assim como no fim do casulo
Surge a tão ansiada borboleta.

Ao deleitar o sedutor fruto
Tu possas se lembrar
Que a princípio
Era uma simples semente.

Talvez assim, também,
Possamos ressuscitar o adormecido mundo
Que hoje permanece mudo.

Rafaella Silveira Sucupira da Costa.

Verdadeiro amor

















O espaço não pode delimitar as fronteiras
Do verdadeiro amor,
Nem mesmo o tempo pode levá-lo consigo
Tornando-o finito.

O amor não morre, nem mesmo finda...
Não é seputável*,
Nem mesmo terminável.

Havendo amor, não cessará.
Pois o amor não morre,
Nem entra em metamorfose...
Ele é eterno e nunca passará.

O "amor" que morre não é amor
É apenas ilusão!
Pois o verdadeiro amo
Jamais morrerá...

Rafaella Silveira Sucupira da Costa

O essencial!


" Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."

Felicidade
























Se a felicidade está em não sofrer
A felicidade é a morte.
Pois, com a morte finda-se as lágrimas.

Rafaella Silveira Sucupira da Costa.

sábado, 10 de julho de 2010

Que espécie


















Que espécie de criatura
É capaz de em sã consciência
Se voltar contra aquela que o amou?

Que espécie de átomos
Compõem um ser que procura a destruição
Daquela que o gerou?

És tu aquele que não respeita
As madeixas alvas,
Que a contingência dos dias de tua mãe
Não dais honra.

Tu maquinas o mal,
Espreitando cada passo daquela que o gerou;
Na expectativa de que ela dê um passo em falso
Para que tu possas aniquilá-la.

Não percebes que é nela
Que tu há de reclinar tua cabeça
No tempo de dor e seca?

Não percebes
Que mesmo diante de tua frieza
Ela têm te amado
E há de ti amar pelo resto de teus dias?

O que te fez desviar
Do caminho da virtude;
Corrompendo teu coração
Com tanto desafeto e rancor?

A que mal foi sucumbida tua alma
Para que tu te tornastes este monstro?

Que espécie de criatura
É capaz de em sã consciência
Se voltar contra aquela que o amou?

Como és capaz de em sã consciência
Se voltar contra aquela que te amou
E que há de ti amar pelo resto de teus dias?

Rafaella Silveira Sucupira da Costa.