sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Satisfação



















São tantos os desejos...
Sonhos insaciáveis pelos quais lutamos
Ansiando sempre o impenetrável
Numa busca interminável.

Mergulhamos em profunda desilusão
Ao vermos que nosso mundo
É pequeno demais p'ra nossa satisfação.

Estamos sempre em busca;
E as vitórias alcançadas
Logo são esquecidas
Por mais lutas que precisam ser vencidas.

Mas se olharmos para o alto
Novos horizontes irão surgir
E sem vazio
Nosso coração irá sorrir.

Pois no descortinar deste amor
Temos a consolação
Que há um caminho ao Senhor
Que nos trás a salvação.


Rafaella Silveira Sucupira da Costa

Caminhada

Suportar os calos de minha caminhada
Não me eram tão dolorosos
Quanto ao fato de desprezá-los.

A sutileza com que eles me falavam
Me eram de pouco compreensão,
Apenas o tempo, cuidou de clarear-me a visão.

A inocência de minha infância,
A ignorância de minha juventude,
A ilusão da maturidade...
Findou com a arrogância de minha velhice.

Triste fim este, era o meu;
Saber que está caminhada debaixo do sol
Nunca me fora clara o bastante.

E hoje?
Apenas a chegada da morte me era certa.
Certeza esta,
Que o tempo, a cada dia, fazia questão de confirmar.

Ora,
Minha estada na terra
Se fora
Como um fósforo
Que um dia aceso
Não tardará a se apagar.

Rafaella Silveira Sucupira da Costa

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Finalidade da música!


"O objetivo e meta final da música não deveira ser outro senão a glória de Deus e o prazer da alma." Johann Sebastian Bach

Como?



















Se o homem não tivesse transgredido
Como conheceríamos tua
graça e compaixão?
Como iríamos entender o significado
do amor e do perdão?


Rafaella Silveira Sucupira da Costa

Envoltos em trevas


















Envoltos em mantos,
Cobertos de sangue,
Máscaras que desfilam os salões com maestria e falsidade.

Entediados da verdade
Desfilam entenebrecidos fingindo ser o que não são,
Loucos e desvairados, não percebem que são.

Defuntos desfilam os belos salões
Mais ninguém se assusta com as assombrações,
Pois os mortos vivos lhes parecem.

A humanidade que jaz em trevas
Embebeda de sangue à terra,
Pois seu lamento já não se ouve mais...

Mergulhados nas profundezas de suas misérias,
Soa como sino que retine dizendo:
Trevas, trevas, trevas...

A voz de Deus ecoa na pureza das lágrimas da terra,
Mas o homem não a conhece mais
Deixando se levar pela guerra.


Rafaella Silveira Sucupira da Costa.

Verdadeira vitória

"As mais belas vitórias são as que alcançamos sobre nós mesmos." Chamfort

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Superação



















A felicidade da vida
não está em alcançarmos
nossos objetivos e sonhos,
mas os caminhos que percorremos
para conquistá-los.

A vitória não se determina
na linha de chegada,
mas em superar os limites da largada.

Vencer se torna necessário,
quando provamos
a experiência da derrota.

O fracasso
já não é tão doloroso,
quando se tem humildade
para compreendê-lo.

O medo e insegurança
não podem nos dominar
a ponto de empedir-nos de errar.

Mas a fé no acerto
deve nos encorajar,
pois a ousadia
nos tira do lugar;
nos fazendo caminhar.

Mas se eu perder o meu tempo
pensando em minha incapacidade,
como algum dia conseguirei
tornar-me capaz?
e chegar no desejado lugar?

Rafaella Silveira Sucupira da Costa

Cumprimento

Um intenso gesto de confiança;
gesto sublime de amor,
o qual a forma de entregar-se
revela o imensurável afeto
que sentimos por outrem
foi reduzido ao simples
e banal cumprimento...


Rafaella Silveira S. da Costa

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Em busca de si mesma...



















"Uma vida não questionada não merece ser vivida."

Platão

O BRILHO DAS ESTRELAS











Tive um sonho. Sonhei que a humanidade se “encontrava” perdida na imensidão do abismo cósmico, e em meio aquela escuridão cada um buscava a si mesmo no brilho das estrelas. Mas, a humanidade não buscava na luz das estrelas a sua origem, não buscava nelas nem mesmo contemplar o seu reflexo; como o vemos por espelhos. Na verdade, buscava nas estrelas um modo de brilhar. O que a humanidade queria realmente era ser percebida; deixando assim esquecida a necessidade de se encontrar.

E deste modo prosseguiu a humanidade sempre perseguindo o brilho das estrelas; perdendo-se cada vez mais na imensidão do universo. Tal desejo diminuiu a força, num âmbito geral, da humanidade. Porque como não conseguiam alcançar tal brilho cada um foi querendo se sentir superior aos outros, foi assim que iniciou uma terrível guerra no universo. E a cada batalha travada, inúmeros “indivíduos” deixavam seus corpos que, nas profundezas do cosmo, parecia mais pó, poeira. Enquanto a humanidade se perdia na escuridão os poucos que restavam se iludiam com a “autoridade” e “poder”. Foi na frustração de não alcançar o superior brilho das estrelas que a humanidade apagou a luz de sua existência.

A terra, que era a união da humanidade, ao invés de compor o universo; cumprindo sua responsabilidade, deixou de ter sua importância e poder porque abriu mão do que realmente era e não sabia para destruir a si mesma. Foi assim que, se extinguiu a humanidade; a terra.

Não pereceu por intermédio de uma grande explosão, nem mesmo por dilúvios, mas sim, por falta de “expressão”. Simplesmente deixou de ser por não compreender o real motivo de sua existência, deixou de ser por não entender a verdadeira razão do brilho das estrelas. O brilho das estrelas não era um modo egocêntrico de chamar atenção para si mesma, mas sim, de servir a humanidade.

Enquanto a humanidade olhava para as estrelas e as percebia como superiores, e almejava possuir seu brilho. As estrelas humildemente serviam a humanidade, que na verdade, era “inferior” não por não conseguir possuir o brilho almejado das estrelas, mas por não conseguir compreender o verdadeiro BRILHO DAS ESTRELAS: o amor em servir.

Rafaella Silveira Sucupira da Costa