sexta-feira, 20 de maio de 2011
Disco arranhado
Deitei-me em minha cama
Liguei o aparelho de som
Na intenção de acalmar minh 'alma aflita
Com uma linda trilha sonora.
No escuro de meu quarto pude sonhar acordada
Enquanto mergulhava-me nos doces sons da orquestra...
Vibravam, emocionalmente, as cordas
E a canção do violino me transportava para outra realidade.
Uma realidade distante da corpórea.
O tempo?
Não me dava conta de sua existência.
Aquele momento era simplesmente eterno.
Eternizava-se em mim o prazer de gozar de algo sublime.
De poder desfrutar da mais pura paixão.
Mas, derrepente algo me trás de volta
E me vejo na escuridão daquele quarto.
Fui interrompida pelas marcas do Disco...
O disco arranhado
Me impedirá de sonhar,
De amar.
Não há música que cante livremente
Com tantas marcas e arranhões...
Disco arranhado
Tu possuis belíssimas músicas em teu interior
Mas, não podes reproduzi-las.
Sem música,
Sem sonhos,
Sem vida...
Levanto-me da cama
Tiro o disco do aparelho
E ao ver suas profundas marcas
Percebo que não tem mais volta...
E acabo por jogar o disco arranhado fora
Ao lixo o disco que outrora me fizera feliz.
Rafaella Silveira Sucupira da Costa.
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