quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Envoltos em trevas
Envoltos em mantos,
Cobertos de sangue,
Máscaras que desfilam os salões com maestria e falsidade.
Entediados da verdade
Desfilam entenebrecidos fingindo ser o que não são,
Loucos e desvairados, não percebem que são.
Defuntos desfilam os belos salões
Mais ninguém se assusta com as assombrações,
Pois os mortos vivos lhes parecem.
A humanidade que jaz em trevas
Embebeda de sangue à terra,
Pois seu lamento já não se ouve mais...
Mergulhados nas profundezas de suas misérias,
Soa como sino que retine dizendo:
Trevas, trevas, trevas...
A voz de Deus ecoa na pureza das lágrimas da terra,
Mas o homem não a conhece mais
Deixando se levar pela guerra.
Rafaella Silveira Sucupira da Costa.
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